“Turismo Cultural compreende as atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura”. (Marcos Conceituais – MTur)

Compreende-se como patrimônio cultural e histórico os bens de natureza material e imaterial que expressam a memória e a identidade da população. Os bens culturais de valores científicos, simbólicos, históricos e artísticos são passíveis de se tornarem atrações turísticas com a rubrica de turismo cultural e ecoturismo. A Expedição Excelência, uma parceria do Grupo Documento com a ONG IODA, coloca o saber popular nesse conjunto. Esse saber é de uma riqueza incalculável, é um bem difuso que complementa o valor histórico de sítios arqueológicos, ruínas, edificações, museus e outros espaços.

Dentro da Expedição Excelência a viagem passa a ter um olhar diferenciado, cientistas cidadãos, de grande saber, colocam suas vivências e experiências no roteiro turístico. Veja o exemplo do senhor Isaias Gomes Ferreira, morador do município de João Costa do Piauí, que ao andar pelo Parque Nacional Serra da Capivara narra as histórias do seu avô relacionadas ao território tradicional.

Acompanhe as fotos com a narração do senhor Isaias Gomes Ferreira!

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Comentários

  • Por Marília Gomes ( Descendente, herdeira desses povos)

     Dia maravilhoso, onde percebemos que a herança maior que podemos deixar para os que amamos é o exemplo. Foi relevante poder saber e ouvir histórias de nossa bisavó Inocêncio, homem guerreiro, trabalhador e atencioso. O mais emocionante foram às histórias de minha avó Maria Antônia - mulher forte, amorosa e sábia que mesmo passando necessidades e sofrimentos diversos deixou muitos ensinamentos para os filhos, que são passados de geração a geração e hoje enriquece a educação dos seus netos, bisnetos e tataranetos e com certeza serão perpetuados às gerações vindouras.

     Falar dela depois de ouvir tanta demonstração de carinho, respeito e amor é indescritível.  Mais do que nunca me sinto orgulhosa e feliz em ter lhe homenageado com o nome da minha filha Maria Antônia Bisneta. Tenho a plena convicção que minha filha só tem do que se orgulhar por ter recebido tão honroso nome. Digo com propriedade que meu pai herdou a maior riqueza que uma pessoa poderia herdar que são os valores passados de pai para filho e que com muita sabedoria repassa para todos nós.

    Não posso deixar de falar do meu Avô Elias Ferreira, homem rude, porém trabalhador, forte, bravo, guerreiro e resiliente que incansavelmente lutou muito para criar seus 11 filhos deixando um legado de honestidade.

    Sempre imaginei o Olho D’Água como um paraíso perdido, tantas histórias que ouvi desse lugar, histórias de sofrimentos e alegrias, de pessoas simples, mas que mesmo diante de tantas adversidades levavam a vida com simplicidade e esperança de dias melhores. Sofri ao ver tudo abandonado, ao ver o semblante entristecido de meu pai e de meu tio por não conseguir ver, mas os seus lugares de referências, por terem vistos os pés de mangueiras mortos, e dizer “porque nos tiraram daqui se não queriam cuidar”(?), o silêncio de indignação e impotência pairou por alguns segundos. Sofri por não conseguir lembrar como era ali antes, mas por outro lado me senti realizada por ter levado minha filha naquele lugar mágico – meu lugar de origem.

    10 de agosto de 2014

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